quinta-feira, 16 de abril de 2020

Caminhar em Terra Sagrada...


Me despi das vestes do mundo e andei de pés descalços.

Alguns pares de dias afastada de tudo e de todos que por anos me acompanhavam e eu amo com todo o meu coração e a minha alma. Nossa! Que saudade! Não havia um único dia que eu não tivesse pensado como estavam meus filhos meu amor, meus pais... será que estariam pensando em mim?! Será que estavam me esperando?! Sentiam saudade?!,,, Pouco antes de entrar para o Roncó enfrentei alguns desafios que eram maiores que eu, mas dois me abalaram demais. Nossa, um dos desafios havia me engolido e deixado machucados profundos que ardiam e doíam todo o tempo. Era tanto vazio cheio de dor e tristezas que nem sei. E isso era mais motivo para despir as vestes do mundo e andar descalço para se encontrar e iniciar um processo de cura.

Ah o amor! A força mais poderosa do universo também machuca! E muito. Mas promove a cura. Precisava me fortalecer por mim e pelo outro, cada um a sua maneira. Além de preces e vibrações de amor nada mais eu podia fazer por quem estava do lado de fora. Me desprendi de quase tudo que havia deixado do lado de fora. A única “coisa” que não me desprendi foi do amor. E isso é maravilhoso, porque humaniza. Era o que me fazia ser forte para prosseguir. Era o amor e o desejo de encontrá-lo no Roncó e na saída dele que me fortaleciam. Amor e desejo de amar e se permitir ser amada. Esse era meu combustível.

Todos os dias novos aprendizados e desafios. Vencer a si próprio é sempre o maior de todos. Dia após dia uma vitória, uma conquista. E cada vez mergulhava mais fundo no meu interior em busca da minha essência. Encontrei muito dela, mas também da essência do outro, daquelas que são reveladas quando ninguém está por perto. Que decepção me deparar algumas atitudes de quem deveria te auxiliar, mas preferiu mostrar a verdadeira face e ela é feia – que dó! Respirei fundo algumas vezes para não refletir o que me foi mostrado.

E estar descalço é muito mais que não ter nada nos pés. É estar de pés no chão efetivamente e metaforicamente. O chão emana energia e os pés são ótimos em captá-las. E o pé no chão doma o ego e mostra o ego de quem está calçado. E, neste momento, nos utilizamos da compaixão para entender que o outro passou pelo mesmo que você, mas não soube aproveitar como podia e deveria. Calçou os pés rápido demais...
Continua...

2 comentários:

  1. Hola Audrey, buenos días, espero que estés bien, siguiendo la estela de tus letras encontré este dulce caminar..

    Gracias, pasa buen día, besos confinados.

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Sejam bem-vindos!!! O caminho é pequeno, mas o coração é grande.