Me despi das vestes do mundo e andei de pés descalços.
Alguns pares de dias afastada de tudo e de todos que por anos me
acompanhavam e eu amo com todo o meu coração e a minha alma. Nossa! Que
saudade! Não havia um único dia que eu não tivesse pensado como estavam meus
filhos meu amor, meus pais... será que estariam pensando em mim?! Será que estavam
me esperando?! Sentiam saudade?!,,, Pouco antes de entrar para o Roncó
enfrentei alguns desafios que eram maiores que eu, mas dois me abalaram demais.
Nossa, um dos desafios havia me engolido e deixado machucados profundos que
ardiam e doíam todo o tempo. Era tanto vazio cheio de dor e tristezas que nem
sei. E isso era mais motivo para despir as vestes do mundo e andar descalço
para se encontrar e iniciar um processo de cura.
Ah o amor! A força mais poderosa do universo também machuca! E muito.
Mas promove a cura. Precisava me fortalecer por mim e pelo outro, cada um a sua
maneira. Além de preces e vibrações de amor nada mais eu podia fazer por quem
estava do lado de fora. Me desprendi de quase tudo que havia deixado do lado de
fora. A única “coisa” que não me desprendi foi do amor. E isso é maravilhoso,
porque humaniza. Era o que me fazia ser forte para prosseguir. Era o amor e o
desejo de encontrá-lo no Roncó e na saída dele que me fortaleciam. Amor e
desejo de amar e se permitir ser amada. Esse era meu combustível.
Todos os dias novos aprendizados e desafios. Vencer a si próprio é
sempre o maior de todos. Dia após dia uma vitória, uma conquista. E cada vez
mergulhava mais fundo no meu interior em busca da minha essência. Encontrei
muito dela, mas também da essência do outro, daquelas que são reveladas quando
ninguém está por perto. Que decepção me deparar algumas atitudes de quem
deveria te auxiliar, mas preferiu mostrar a verdadeira face e ela é feia – que
dó! Respirei fundo algumas vezes para não refletir o que me foi mostrado.
E estar descalço é muito mais que não ter nada nos pés. É estar de pés
no chão efetivamente e metaforicamente. O chão emana energia e os pés são
ótimos em captá-las. E o pé no chão doma o ego e mostra o ego de quem está calçado.
E, neste momento, nos utilizamos da compaixão para entender que o outro passou
pelo mesmo que você, mas não soube aproveitar como podia e deveria. Calçou os
pés rápido demais...
Continua...
Hola Audrey, buenos días, espero que estés bien, siguiendo la estela de tus letras encontré este dulce caminar..
ResponderExcluirGracias, pasa buen día, besos confinados.
Y que sigamos bien...
ExcluirBesos confinados.