terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Meu botão


Como o tempo passa rápido! Meu Deus! Minha plantinha se transformou em um lindo botão de flor, que está desabrochando! Exalando seu perfume, sua beleza e sua graça. Há 15 anos fui presenteada por Deus com a sua chegada à minha vida. Nunca mais fui a mesma! Não mesmo! Você era tão pequena, tão frágil, tão indefesa e só tinha... joelho! E eu era responsável por alguém! Quase morri de tanto de medo! Na verdade, pavor! E você, com seus olhos grandes e brilhantes me fitava e se sentia segura no meu colo. Você já demonstrava confiança! Como alguém podia se sentir segura no colo de alguém que temia tanto?!
Como diz o meu pai, “o espinho quando tem que espetar, de pequeno traz a ponta”. E você é assim. Toda, toda! E até quando está com medo, dá uma pausa, mas mete as caras e vai frente. Mergulha de cabeça, se entrega e segue. Você chegou para deixar a minha vida mais colorida, mais cheia de graça, para me ensinar e aprender, e para me fazer conhecer o que é o amor verdadeiro, o mais primeiro! Você é uma das melhores pessoas que eu conheço! E é uma honra ter sido escolhida para ser a sua mãe! Você é muito mais que eu sonhei pra mim! O que sinto por você não tem nome, mas o que mais se aproxima – e fica há anos luz de distância – é AMOR!
O presente que Deus me deu, era bem maior que eu pensava! Eu não sabia direito, mas há 15 anos havia nascido a minha filha e a minha melhor amiga, ou best friend, como você costuma dizer. Meu amor, são 15 anos ao teu lado, são 15 anos de parceria, amizade, felicidade, alegria, amor... mas também aborrecimento, preocupação, desespero... rsrsrs Você é mais que demais! Você é a própria prova de que Deus existe e o amor também! Obrigada por ter me escolhido para ser sua mãe e sua amiga!
Eu te amo, filha! Que Deus te ilumine, te abençoe e te guarde todos os dias da sua vida! E que sua vida seja repleta de alegrias, felicidade, amor, sorte, saúde, paz, tranquilidade, prosperidade, amor... e tudo de bom que há neste mundo. Mamãe deseja que você também seja humilde, caridosa, que amor sempre encontre abrigo no coração!
Feliz Aniversário!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Banco do meu jardim


Num banco em um jardim
Entrevejo minhas doces lembranças
É bom ouvir falar de mim
No banco das minhas emoções
O perfume é suave
Tem algo de orquídea que brota de um velho tronco
Luminosos e repousantes sentidos
À sombra, as folhas caem suaves
Encontro comigo mesma
Fecho os olhos e sinto a brisa
Minha boca sorri com doce encanto
A respiração fica leve
O ar tem cheiro de flor
E volto a sorrir
Estou no banco do meu coração
Com as minhas recordações!
Chuva traz nostalgia.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Tempo


O tempo é amigo.
O tempo é inimigo.
O tempo é único.
O tempo é múltiplo.
O tempo ajuda.
O tempo atrapalha.
O tempo é meu.
O tempo é seu.
O tempo é dúbio...
O tempo tem vários donos.
Quero alguns tempos de volta e outros quero jogar de vez fora.
Mas o tempo é senhor do meu tempo.

Estou de volta!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Estação do charme e da reprodução


Não são apenas as flores que se reproduzem na Primavera. Apesar de começar no dia 23 de setembro, já é Primavera na varanda da minha casa! Minhas plantas estão mais verdes, meus beijos estão mais floridos, meus coqueiros com vários brotos e recebi uma hóspede que me acompanha atentamente cada vez que chego à varanda. 
O charme já está tomando conta da natureza e a proximidade da Primavera já está deixando tudo mais colorido, perfumado e sedutor. A marca da minha primavera particular já está formando a natureza que teimo em cultivar em vasos. E, em pouco tempo, o número de hóspedes aumentará.
Florescem plantas! E a vida se renova em um pequeno ninho que aos poucos foi tomando forma. Meus hóspedes – um casal de rolinhas – se apossaram de um pequeno espaço do meu telhado e chegaram no sábado, 08 de setembro (para festejar meu aniversário), já com alguns “materiais de construção”. E ao longo do dia, em várias viagens, trouxeram mais materiais: folhas, linhas de pipa, um pedaço do meu perfex, barbante... muito material!
A rotina da minha casa já mudou. A luz da varanda já não se acende a noite, para não incomodar meus hóspedes. Por volta das 6h da manhã, molho as plantas por conta dos dias quentes e sou acompanhada pelo olhar atento dos meus hóspedes. A água do bebedouro dos passarinhos é trocada diariamente, afinal de contas, além dos beija-flores, tenho hóspedes. Tudo feito com o menor barulho possível, pois a futura mamãe precisa descansar.
O ninho já está pronto, as flores estão em botão e o verde está ficando mais forte... Agora é só esperar a Primavera chegar com todo seu charme e a reprodução se fará! E novamente a vida se renovará.

domingo, 26 de agosto de 2012

Eu, ela, ele e Chica!


A Chica me inspirou! Visitando um dos blogs da Chica (são muitos, quem a conhece sabe do que estou falando), o "FuXICAndo com as letras", me deparei com um post singelo, simples: a cena de uma criança puxando uma mochila de carrinho, indo para a escola. No post, Chica fala sobre a foto como uma participação em um blog amigo – não lembro o nome – com o tema estudante. E é seu neto Santiago, o caçula!
Nossa!!! Como a foto me invadiu e me emocionou. Meu coração sentiu um aperto gostoso, as lágrimas marejaram meus olhos e meus lábios sorriram. Me veio logo a cabeça meus filhos indo para a escola... que delícia! Mariana, a minha filha mais velha, entrou para a escola aos dois anos. Que alvoroço! Na véspera não dormi. Que medo de deixar meu bebê na escola. Das 8h às 12h muita coisa poderia acontecer e eu não estaria lá. Medo foi o que senti!
Mariana acordo disposta, se arrumou “sozinha”, até laços deu em seu tênis – laços frouxos, é claro. EU me senti desamparada. ELA, como sempre, se sentiu dona de si, na altura dos seus dois anos. Na porta da escola EU era a figura do desespero. ELA era a figura da curiosidade. EU com olhos marejados de um sentimento que não consegui classificar. ELA com olhos brilhantes de alegria em ver aquelas crianças.
Saímos do carro – EU tremia de nervoso e ELA de euforia – a entreguei a professora e aguardei que ela chorasse, não quisesse ficar com aquelas pessoas desconhecidas, mas o que recebi foi linda entrada – como um triunfo – de uma grande menina de dois anos que deu a mão a professora e caminhou em direção ao corredor e sequer olhou para trás. Que frustração!
Aguardei até a hora do recreio e a professora veio até mim e disse, calmamente: “_ Mãezinha, pode ir embora. Ela está ótima, é bastante comunicativa, participativa, ajuda aos coleguinhas e está muito feliz. Fique tranquila”. Aquelas palavras soaram como um soco na boca do estômago. Entrei no carro e fui para casa. Aquele dia não trabalhei. Havia avisado no trabalho que minha filha, meu bebezinho, ia para escola pela primeira vez e tinha que acompanha-la. Afinal, seria uma adaptação difícil para ela que tinha apenas dois anos e dois meses. Fiz mais. Avisei que ao longo da semana chegaria mais tarde porque a adaptação duraria uma semana.
As horas não passavam. Antes das 11h – a Mariana saía da escola às 12h – lá estava eu na porta escola, aguardando ansiosa a menina “assustadinha” que sairia da escola. As 12h, veio Mariana cheia de si e quando me viu, correu na minha direção e disse: “_ Que saudade, mamãe! Posso ficar mais um pouquinho?!”. Quase tive um treco. Como assim ela queria ficar mais?! Estava indignada com tamanho desprendimento. Estava triste, mas também feliz! Sorri, a abracei e apenas disse: “_Fique tranquila, amanhã você volta!”. Ela sorriu, deu tchau para todos e disse: “_Fiquem tranquilos, amanhã eu volto!”.
Na manhã seguinte Mariana se levantou, se arrumou e, novamente confiante, foi para a escola. Na porta, desta vez, a diretora me esperava e perguntou se poderia falar comigo. Disse que sim e me precipitei a perguntar se havia algo de errado. Com um sorriso leve ela me disse: “_ Nossa, como a Mariana é levada, né?!”. Eu apenas sorri e balancei a cabeça concordando com ela. Ali começaram meus “problemas” (rsrsrs). A minha vida mudou e da diretora também. Anos mais tarde ela teve uma filha e colocou o nome de... Mariana, é claro, em homenagem a minha Mariana. Só quem tem uma Mariana sabe o que é ter uma Mariana.
Nosso ritual matinal pelos quatro anos seguintes foi o mesmo. Éramos apenas nós duas. Enquanto tomávamos banho e nos arrumávamos, conversávamos sobre muitas coisas. Era pouco tempo, mas intenso e precioso. Trabalhava muito e pouco ficávamos juntas: algum tempo à noite, quando estávamos cansadas, e pela manhã, cheias de gás para começar um novo dia. SEN-SA-CI-O-NAL!!!! Com certeza era a hora mais preciosa do meu dia, quando éramos apenas de nós duas falando sem parar sobre as novidades e o dia anterior.
Nesses quatro anos que se seguiram, fomos presentadas com o Pedro, nosso caçula. Pedro ficava inconformado com a Mariana indo para a escola e ele ficando. Pedro queria não apenas ir para a escola, como queria fazê-lo com a Mariana. Mas a escola que a Mariana estava (ainda hoje está e Pedro também) é de freiras e só entra aos quatro anos. Pedro tinha três. Como resolver essa questão?! Além de tudo, ele queria ir de van, como a irmã.
Fácil! Em frente à escola da Mariana havia um jardim-escola. Lá fui eu! Matriculei o Pedro e, em fevereiro de 2003, começou a estudar. Tudo de novo, só que diferente. Fui mais prudente e menos infantil. Perguntei ao Pedro se queria que o levasse para a escola no primeiro dia de aula. Rapidamente ele me respondeu: “_ Pra quê, mamãe?! Eu estou com a Mariana!”. Ele falou isso com tanta segurança que me espantou. A Mariana sempre foi decidida e ele confiava nela. Que coisa mais engraçada! Ela só tinha sies anos! E o mais engraçado é que até hoje é assim. Se a Mariana está, não tem problemas.
O menino branquelo e tímido deu lugar a um menino que ao longo daquele ano, daquele primeiro ano de escola, continuou magrelo – e é até hoje – mas menos tímido. Começou a disparar palavras, se tornou independente – só com quase quatro anos aprendeu a amarrar o sapato e quem ensinou foi a Mariana, é claro!
Como a irmã, Pedro adorou ir para a escola, brincar com outras crianças, mas o que ele mais gostava mesmo era de ir e vir na van com a Mariana. Só “os dois”, sem a mãe por perto. Mais radiante ele ficou quando no ano seguinte ele fazia parte do mesmo “grupo” da irmã, afinal, havia crescido e estudava na mesma escola. Entravam e saiam juntos, com o uniforme parecido. A mesma van. E os dois iam juntos, de mãos dadas para a escola.
Agora estava completa a nossa manhã, nosso ritual e as nossas conversas. Éramos nós três: EU, ELA e ELE. Os anos foram passando... Continuo trabalhando muito, mas estou em situação mais favorável e passamos mais tempos juntos. Mas ainda hoje – e que Deus permita que por longos anos tenhamos essa hora só nossa – a minha casa às 6h da manhã ainda é o mesmo alvoroço. A van chega a nossa casa às 6h55. Temos quase uma hora só nossa. Em meio a um banho e outro, são longos minutos em que falamos sem parar, contamos coisas que não havíamos dito antes, repetimos coisas ditas no dia anterior, brigamos, rimos, conversamos sem parar. Não há um único minuto de silêncio. E como eu gosto disso! Não abro mão disso por nada nesta vida. E a van chega – a mesma van, o mesmo motorista-anjo-da-guarda, que meus filhos aprenderam a amar e “respeitar”. Respeitar, às vezes, já que de vez em quando, recebo reclamação de que demoraram, que a van tem que buscar porque um ou outro não veio na viagem certa – e eles entram e vão para escola!
Essa é uma das coisas que faz a minha vida feliz! Que enche a minha alma e o meu coração de alegria. E foi isso que tanto me emocionou ao ver o post da Chica. Assim somos EU, ELA, ELE e a CHICA! Obrigada, Chica!

domingo, 19 de agosto de 2012

Retalhos em construção


Doce liberdade que leva
Doce prisão que traz de volta
Solto, indomável, tênue, volátil...

Aroma que deixas pela casa
Aroma que traz lembranças
Lindas, embaraçosas, priscas, amarelas...

Retalhos costurados na vida
Retalhos deixados pelo chão
Seda, chita, malha, algodão...


Porta que se tranca ao sair
Porta que se abre quando chega
Madeira, alumínio, ferro, pele...

Ilusão que faz sonhar
Ilusão que finca o pé no chão
Intenso, extenso, prazeroso, vastidão...

Abrigo que te permite sair
Abrigo que te permite regressar
Corpo, alma, cabeça, coração...

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A cada passo uma história a ser contada... trechos da nossa vida, construída com retalhos de cada sensação, cada experiência... Somos retalhos em construção!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Feixe de luz, de escuridão


Um dia me perdi e no outro me encontrei
Me permiti, me entreguei
E assim aconteceu.

Vastidão

Somos um ponto, exclamação, interseção
De alinhamento perfeito, profusão
Equilíbrio e inesquecível.

Intenso

Amor se fez?! Eu não sei.

Dançamos no nosso ritmo e no nosso compasso
Saímos do tom sem razão, mas com emoção.

Somos um feixe de luz
e, às vezes, de escuridão.


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Não há perfeição entre nós, há o entendimento e a compreensão. Ora você cede, ora eu! Somos tão diferentes, tão iguais... Seu cheiro, leveza, suavidade, doçura... trazem encantamento para nossas vidas. E esta não é a primeira vez que nos encontramos. Já estivemos juntos em outras vidas e em outras e em outras...

terça-feira, 10 de julho de 2012

Mariana: luz e brilho


Tenho de volta a luz do seu sorriso e o brilho do seu olhar. Ele ouviu minhas preces e te trouxe de volta pra mim. Inteira, liberta, leve, doce, intensa, volátil...
Te trouxe verdadeiramente minha, com sempre foi. E a vida sorriu ao ver você voltar a ser simplesmente você!
Meu olhar hoje caminha feliz e o teu sorriso me traz alegria! Te encontro todos os dias, em beijos, abraços, carinhos, afagos, em todos os momentos. Não preciso mais te procurar, porque você se reencontrou e voltou a ser feliz!
Seu olhar continua brilhando, encantando, dominando, hipnotizando e abraçando! E o seu sorriso um perigo para quem ousa aceitar! Você voltou para mim, voltou para você, você voltou para a vida!
Te amo, meu amor mais primeiro! Te amo até com dois olhos a mais!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Se não tivesse amor!


Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

1 Coríntios 13:1-13

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E é o amor à vida, às pessoas que nos são importantes que nos faz ter fé e esperança. Levantar todos os dias e agradecer a Deus, aos céus e a natureza pelo simples fato de estar vivo; poder contemplar a beleza de um céu azul ou cinza, de folhas verdes ou amarelas, de sol ou de luar... é o amor que me mantém de pé! Amor aos meus filhos, amor aos meus pais, amor ao meu amor... amor!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Folhas caem, flores se ressentem


Estamos na estação que, particularmente, considero a mais bonita do ano: outono. Céu azul, temperatura amena . Uma conversa me fez lembrar o quanto o outono é importante para a vida. É a época da mudança, da troca de roupagem, inclusive na natureza... humana.
Estou vivendo o outono em sua plenitude. O amarelo e suas nuances tomam conta das folhas da minha árvore, que não resistem a sua intensidade e caem ao chão e quem se ressente com isso são as minhas flores.
Interessante como somos percebidos por quem não nos conhece, mas tem capacidade de nos analisar e o fazem, em certos momentos, com certa maestria.
Estou ressentida com as mudanças – disseram que eu era flor –, estou trocando a minha roupagem e isso causa certa dor. Mas sei que as mudanças são necessárias e que é uma questão de tempo para o verde voltar a reinar.

“Lembre-se que esta estação do outono é a época da troca das folhagens e flores se ressentem com isto. Quem mandou você nascer flor?”.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Troco meu ovo de páscoa por um livro


Mariana: – Mãe, a Páscoa está chegando!
Eu: – É, eu sei, Mariana!
Pedro: – Eu já escolhi o meu ovo, mãe!
Eu: – Ah, que bom!
Mariana: – Então, eu troco meu ovo de páscoa por um livro!
Pedro: – Eu não, mãe. Já sei até que ovo eu quero!
Eu: – Mas, Mariana, a mamãe já te deu um livro esta semana!
Mariana: – Ah, mãe UM livro! Eu já acabei faz tempo!
Pedro: – Eu também já li meu mangá*! – nem sei se é assim que escreve e, sinceramente, nem vou  procurar saber.
Eu: – Mariana, tem quatro dias que eu te dei o livro! E João Pedro, o mesmo eu digo pra você!
Mariana: – Desculpa, mãe. Eu devia então ter soletrado o livro, porque já acabei de ler há dois!
Pedro: – Eu também já li o meu, mas não troco o meu ovo de páscoa por UM mangá, não. Se for para trocar, quero trocar por alguns, porque só custa R$ 10 reais. Os livros da Mariana é que são caros
Mariana: – João Pedro, não se mete!
Pedro: – Mariana, a mamãe está conversando com nós dois e não só com você.
Eu: – Para a briga! Porque senão não vai ter ovo de páscoa e nem livro!
Mariana: – Pois é, é isso que recebo por ter ouvido você! Você dizia pra mim: “Mariana, ler é muito importante porque amplia os horizontes, aumenta vocabulário. Uma pessoa que lê não escreve errado” e blá, blá, blá... É isso que eu recebo por ser obediente.
Pedro: – É isso aí, Mariana! A mamãe quer que a gente fique burro!
Mariana: – E gordos, né?! Eu quero conhecimento e a mamãe quer que eu engorde!
Eu: – Sinceramente, eu não mereço tanto!
Pedro: – Merece sim, né, Mariana?!
Mariana: – Merece, Pedro, porque tem um monte de gente que eu conheço que a mãe reclama porque não gosta de ler. A mamãe fica reclamando porque a gente gosta, porque os livros são caros e porque a gente lê rápido!
Eu: rsrsrsrsrs
Mariana: – E aí, mãe, a troca tá valendo?!
Eu: – Vou pensar!
Mariana: – Sempre essa resposta né, mãe?!
Pedro: – Ela é assim, Mariana!
Eu: rsrsrs

* Mangá é um livro extremamente esquisito de histórias de um personagem oriental esquisito que se lê de trás para frente!

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Mariana A-DO-RA ler. Minha preocupação não é com o preço dos livros, como ela pensa. Minha preocupação é que se eu comprar quatro livros por mês, ela lê os quatro rapidinho, mas e a escola?! Meu receio é que ela se dedique mais a leitura que à escola e acabe se prejudicando. Sei o quanto é importante a leitura, mas também sei o quanto a escola exige do aluno. Então, fico em uma sinuca de bico! E ela ainda consegue ler dois livros ao mesmo tempo e não se perder nas histórias.
Já o João Pedro é o seletivo. Ele só gosta de ler os tais livros que são de trás para frente. Uma coisa muito doida! Mas quando se trata de ler os textos de literatura do livro de Português, reclama, diz que os textos são chatos, grandes e coloca uma porção de defeitos. Então, me resta dizer que vou pensar.
Bom, o jeito será abrir uma negociação! Notas boas, eu compro livros. Notas ruins, eu coloco de castigo e sem ler! rsrsrs Esses são meus filhos!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Felicidade


A felicidade é algo tão amplo que tem vários significados e vários caminhos levam a ela. Tão preciosa e tão rara, que poucos conseguem alcançá-la.
Há quem escolha a companhia, há quem escolha estar só, há quem não escolha. Há quem a deseje, há quem a busque e há quem a deixa passar.
A felicidade é serena, tem perfume suave e seu tom é dourado. Seu aroma varia de acordo com quem a sente, porque ela é única. Ela acaricia a alma e o corpo. Desperta todos dias, mas não dorme. Ela folga com o tempo.
Ser feliz pra mim é poder acordar ao lado das pessoas que amo e saber que eles são meus também; estar saudável e vê-los com saúde; poder viver e compartilhar vida. Pra você, o que é felicidade?!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Alegria triste


“Se você tivesse acreditado
na minha brincadeira
de dizer verdades,
teria ouvido verdades
que teimo em dizer brincando.
Falei muitas vezes
como palhaço,
mas nunca desacreditei
na seriedade da plateia
que me sorria”.

CHAPLIN, Charles

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Palhaço, a sua alegria é triste, mas o teu sorriso não é falso. Ele apenas esconde o que você não quer mostrar para todo mundo. Você é sensível e frágil. Leva a alegria e guarda a tristeza. Pra quê, Palhaço?! O que aconteceu?! O que te fez tão mal?!
Abra seu coração, Palhaço, contemple o amor, a vida, a felicidade e guarde um estoque de sorrisos da sua plateia. Quando você precisar, basta fechar os olhos bem apertadinho e deixar os sentidos fluírem e você vai sentir no ar a alegria das pessoas que sorriem pra você, vai ouvir as gargalhadas e, principalmente, os aplausos de quem te admira!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Contentamento


Compartilhar sentimentos
Tão sublimes quanto à doçura
Envolta no teu corpo
Transparente na alma
Cercada pelo teu carinho
Encontro de almas
Face a face te sinto
Você me inspira
E o desejo é viver a eternidade
Deixando ceifar o corpo
No descanso dos teus braços
E descubro o contentamento.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Gato preto dá amor


Alguns dizem que gato preto da azar e outros dizem que gato preto da sorte. Eu digo que você me deu AMOR e tenho certeza que soube retribuir. Fiz por você tudo que pude, mas me perdoe se não fui capaz de salvar sua vida.
Sinto saudades do seu olho amarelo me fitando, de você deitar no teclado do laptop, no caderno das crianças enquanto faziam dever de escola, agarrar meu pé quando eu passava sem te dar confiança, mas seu hobby mesmo era rasgar os livros do João Pedro e manchar as folhas dos cadernos da Mariana.
Fui te ver todos os dias e sempre que te olhava recebia de volta um olhar terno e agradecido. Cada vez que passava a mão no seu corpinho, você se deitava e fechava os olhos, como quem agradecia meu afago e sentia o meu amor. Acho que você sabia que não voltaria mais pra casa. Você se despediu de mim e eu acho que não percebi.
Senhor Gato, meu Nick amado, espero que tenha folhas de cadernos e livros para você manchar e rasgar e teclados pra você deitar, seja onde for o “céu” dos gatos.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Seu olhar

A leveza e a suavidade do seu olhar me lembram bolinhas de sabão que com a luz do sol se tornam multicoloridas. Tão bonita, tão leve, tão colorida, tão disposta e tão frágil! Mas seu estourar traz tanto contentamento quanto sua tentativa de alcançar o céu. E as bolinhas de sabão têm o dom de arrancar sorrisos, mesmo que seja um sorriso tímido. Por onde ela passa deixa um rastro de alegria, de lembrança doce.