sexta-feira, 19 de abril de 2013

Não tenho mais medo


A estranha, mas conhecida sensação, me invade
O tom é cinza e o pensamento não é coordenado
Tudo ao meu redor rodopia, gira lentamente
Não tenho mais medo
Fecho os olhos e tento me concentrar
A roda gigante não para e está em câmera lenta
O coração bate devagar e compassado
Não tenho mais medo
Aos poucos me equilibro e o raciocínio volta
Tomo ciência do que acontece
As vozes estão distantes, mas mais altas
Não tenho mais medo
Enfim o equilíbrio, a razão, a esperança
Retomo a consciência, percebo, entrevejo
O não tão desconhecido me invadiu
Não tenho mais medo