terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um pequeno respiro


As mudanças têm poder. Ela pode, inclusive, unir ou separar. Depende da ótica de cada um. O ano está prestes a acabar e, às vezes, se tem a sensação que junto com ele se encerra uma etapa, e com a chegada do novo ano, é como se fosse uma renovação. É um pequeno respiro na linha do tempo.
Apesar de se ter a sensação de que uma etapa na vida se iniciará, não sabemos se isso será fato. O inesperado pode acontecer e a linha do tempo prosseguir sem a gente ou não.
Voltarei em breve!!! Desejo a todos os amigos um 2012 cheio de paz, alegria, prosperidade, amor, felicidade, saúde, sorte...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ser realidade


Quero mais que um simples sorriso.
Mais que enxergar através dos seus olhos
Mais que estar em seus pensamentos
O que desejo é muito simples:
Quero ser tão somente realidade!

ANDRADE, Audrey

domingo, 11 de dezembro de 2011

11/12/11 – 14 anos


“_ Parabéns, Audrey, você vai ter um bebê!”.
Nossa, sempre desejei, mas nunca pensei que realizaria este sonho! E ela chegou há exatos 14 anos e foi a melhor coisa que me aconteceu! Quando a segurei pela primeira vez em meus braços tive a certeza – total e irrestrita – que jamais estaria sozinha nesta vida. Aquele olhar desamparado, mas muito vivo me deixou muda.
Sua esperteza e vivacidade são contagiantes até hoje. Como diz o meu pai: “O espinho quando tem que espetar, traz a ponta de pequeno”. E ela é assim. Uma verdadeira rosa arrumada, perfumada, linda, encantadora e... com espinho! Às vezes de uma mansidão incrível. Noutras, um verdadeiro furacão.
Aonde ela chega, contagia. Seu sorriso é um perigo! Tão envolvente que quando a gente percebe, já foi envolvido por ela. Meu bebezinho que só tinha joelho agora é uma menina-moça. Quando ela chega, traz consigo a alegria contagiante de quem está descobrindo a vida. E, quando não está, deixa um enorme vazio.
Como diz o João Pedro:
_ Caraca, a Mariana é um saco, mas faz uma faaaalta.
Só Deus seria capaz – em sua plenitude e bondade – brindar a minha vida com a presença dela. Agradeço a Ele por tamanho privilégio e presente tão abençoado.
Eu te amo para sempre... até sempre!

domingo, 20 de novembro de 2011

Engolida pela saudade


Especialmente hoje estou sentindo sua falta mais que em outros dias
A sua ausência é sentida pelo meu corpo e pela minha alma
Sinto seu perfume pela casa vazia
Os cantos se arredondaram e parecem sem fim
Até o vento quando sopra me traz a sua lembrança
Quando fecho meus olhos sua imagem me vem à cabeça
Seu perfume toma conta da casa
E cada vez que respiro a sua presença vem
Você está tão perto e tão longe de mim
As tardes de domingo são torturantes
Você não está aqui
Estamos no mesmo caminho
Mas parece que seguimos direções opostas
Quero tua presença de fato
Seu olhar doce e sua meiguice encantadora
Desejo tudo de você que não me deixa em paz
Hoje, eu fui engolida pela saudade.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11/11/11 – 11 anos


Há exatos 11 anos ganhei um presente de Deus! Você já chegou lindo e encantador, trouxe-me alegria e segurança! Mais um encanto “todo” meu!!! E olha que nem sei se merecia tanto.
Sua irmã ficou encantada quando te viu pela primeira vez e também surpreendida quando descobriu que você era: menino! Ao ter ver pelado pela primeira vez ela deu uma crise de gargalhada e disse:
“_ Mãe, que engraçado!!! – rindo sem parar.
_ O que é tão engraçado, Mariana? É seu irmãozinho. Você não queria um?!
_ Eu queria muito, mãe, mas ele tem ‘pililinho’!
_ Oh, Mariana, ele é menino!
_ É, to vendo. Eu só não sabia que era assim!”
E você, meu amor, tão pequenino, lançou seu olhar doce e carinhoso para a sua irmã e ela, mais que depressa, lançou um olhar meigo e disse:
_ Nossa, como você é lindo!
E ela tinha razão. Hoje você completa 11 anos e há 11 anos você nos completa. Seu jeito bondoso que tudo cede e concede é deixar qualquer um encantado.  Quando você me abraça, sinto a presença de Deus. Sou privilegiada em ter tido a oportunidade nesta vida de seu a sua mãe!
Eu te amo para sempre... até sempre!!!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Minha mamãe, minha estrutura

São 39 anos ao teu lado e não me imagino um único dia sem ouvir, pelo menos, a tua voz. Já passamos tantas coisas juntas. Coisas boas, outra nem tanto, mas sempre juntas. Por muitos anos fomos tão só nós duas. Se hoje tenho minha “própria” vida, devo ao seu esforço em me educar e formar. Tudo que tenho e o que sou devo a você e a minha vó, que tanto fizeram por mim. Nossa ligação é tão imensa que chegamos a adivinhar o que a outra está pensando.

Quando eu era pequena bastava um olhar seu para eu entender o que você queria dizer e vice-versa. Um olhar seu e eu já sabia que era ora de parar. E ai de mim se não parasse na hora o que estava fazendo de errado. Hoje as coisas mudaram?! Claro que não! Você ainda me olha com aquele olhar de reprovação quando acha que passei das medidas. (rsrs) E o faz com a mesma propriedade e imponência. Afinal, a MÃE é VOCÊ!!! Você fala e eu?! Obviamente escuto e me calo. As mães sempre têm razão mesmo.

Te devo a minha vida por algumas vezes, né mãe?! Sabe, sempre reclamo em ser filha única. Acho que essa foi a única falha que você cometeu comigo. E até esta você a cometeu por amor a mim. Irônico isso. Especialmente este ano passamos por momentos dificílimos. E mais uma vez era você quem estava de joelhos e mãos postas em prece ao meu lado pedindo misericórdia a nosso Senhor pela minha vida. E por muito pouco não deixei você e meus filhos. Tenho certeza que foram suas preces que me deram mais fôlego para continuar a viver. Quanto susto já te dei nesses anos e ainda assim você não cedeu um único milímetro.

Você é dura mãe! Às vezes penso que és feita de aço, mas isso ainda é pouco pra você. Você, mãe, é feita de um material nobre, tão nobre que é único e ainda não tem nome. Você é firme e maleável; pé no chão e volátil; você é especial e só minha!!

domingo, 30 de outubro de 2011

Aos poucos


Meu olhar caminha triste e a falta do seu sorriso me causa dor. Meus sentimentos pedem socorro. Fecho meus olhos e ainda assim não sou capaz de te encontrar. Você saiu da sua caixa e não quer mais voltar. Será que essa dor vai passar?
Vivo angustiada a sua procura e por mais que eu tente te encontrar não consigo te achar. Você está tão perto e tão distante que fico assustada. Quero olhar nos seus olhos e mais uma vez te enxergar. Não vá porque ainda é cedo e quando a noite chegar, quem vai te abraçar?
Sinto tanto medo de te perder de vez. Tanto te desejei, tanto te esperei, tanto te quis e agora você não me quer mais. Não sou mais o bastante pra você. Eu sabia que este momento ia chegar. Só não esperava que fosse tão cedo. 
Estou morrendo aos poucos sem o teu amor e sei que este é o mais primeiro e vai morrer comigo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

À deriva

Um barco sem rumo,
sem motor,
sem vela.
Uma estrada vazia,
sem encruzilhada,
sem reta.
Um avião no vazio,
sem rota,
sem meta.
Uma vida opaca,
sem brilho,
sem ela.

ANDRADE, Audrey


*******



Não sei onde te perdi, ou se te perdi ou se quem se perdeu fui eu. Queria apenas voltar no tempo para te pegar no colo e te ninar com uma cantiga gostosa; queria poder te acolher em meus braços e te dizer que tudo vai ficar bem e você se aninhar; queria fazer sua dor passar com um beijinho, como era antes; queria poder tanta coisa ainda, mas estou impassível diante do dragão. E ele cospe fogo, como nos filmes infantis.
Queria de volta teu olhar de admiração e te devolver o meu de amor e proteção. Estou aqui como antes, com o mesmo olhar, mas o seu se foi. Você cresceu e tem outra ótica no olhar. Não encontro teus olhos, teus sentimentos e não te alcanço como antes.
Estou à deriva sem sua companhia, sem o seu olhar, sem você em meus braços... mas sou seu porto seguro e vou aguardar sua embarcação novamente em mim aportar. Eu te amo.

sábado, 1 de outubro de 2011

Remoção de comentário :/

Vivemos em um país democrático e acho que a censura não contribui com a evolução humana. Quando decidi criar um blog, pensei em fazê-lo e deixá-lo aberto aos comentários. Não me imaginei, em tempo algum, me vendo obrigada a excluir um comentário de quem quer que fosse, desde que ele não seja ofensivo. Penso que palavras grosseiras são desnecessárias, indesejadas, além de mal educadas. Tenho respeito pelo ser humano de uma maneira geral, inclusive pelo “anônimo” que não soube usar as palavras e a concordância verbal correta, o que prova sua ignorância e falta de respeito.

Peço desculpa aos meus seguidores que por ventura tenham visto tal grosseria postada no meu cantinho, que tanto gosto e primo para que cada um que o visite, quando saia tenha o desejo de voltar. Gostaria de ter mais tempo para administrar meu blog com mais atenção, mas saibam que, quando o faço, faço com carinho e o desejo que ele seja visitado. Ao anônimo mal educado, segue:

“O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado”

EINSTEIN, Albert

Siga em paz! Mas siga!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Primeiro amor

Os ventos que as vezes tiram
o que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado. Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre...

MARLEY, Bob
 
*******
 
_ Mãe, por que as pessoas mentem? Porque elas dizem sentir uma coisa que não é verdade? Por que as pessoas agem sem pensar na mágoa que podem causar? Por que que é assim?
 
Uma pequena pausa para respirar. Minha cabeça deu mil voltas para tentar encontrar uma resposta que não magoasse minha menina/moça. Tão menina e com o coração magoado e olhar triste.
Meu coração acelerou e minha garganta se fechou. As palavras não vinham a minha cabeça. Ninguém me falou que seria assim. Não há uma receita ou livro que ensine as mães a como proceder diante de uma situação dessas. Minha menina já é uma mocinha e está sofrendo as dores do seu primeiro amor.
Respirei fundo, fechei meus olhos e prossegui o que até então era apenas um monólogo triste, indignado e com lágrimas.

_ Muitas das vezes por não saber como proceder diante de alguma situação conflitante, Mariana. Mas pode ser também por falta de caráter ou simplesmente por fuga. Mas isso não é motivo para mudarmos, para deixemos de ser verdadeiros independente de qualquer coisa. Não devemos fingir sentimentos. Sentimos ou não. E também não devemos ficar com alguém por dó.
_ Mas mãe, por que simplesmente a pessoa não nos aborda dizendo exatamente o que sentem? Por que uma pessoa diz gostar de você se não gosta de verdade?! Não seria mais fácil se todos falassem a verdade?!
_ Com certeza seria, mas muitas vezes, as pessoas são incapazes de sentir amor de verdade ou não o conhece e, como não conhecem, fingem que sentem apenas para se sentirem melhor com eles mesmos.
_ Eu estou com muita raiva. Estou com raiva dele e de mim. Ele porque mentiu e eu porque acreditei.
_ Meu amor, não pode ser assim. Você precisa entender que ninguém é obrigada a gostar de ninguém. E que existem pessoas de todos os tipos e capazes de fazer coisas absurdas. E esse não é nem o caso.
_ Então por que diz que gosta?!
_ Mariana, esta é apenas a primeira decepção que você está vivendo. Você ainda passará por várias decepções na vida e não serão apenas as decepções amorosas, mas isto não significa que todas as pessoas são más. Você precisa ser forte e saber se levantar a cada tombo, mas sem perder sua essência. Essa é a tarefa mais difícil: não se deixar modificar pelas cicratizes que a vida te causar.
_ Mas eu gostava tanto dele...
_ Mariana, já pensou se nós nos casássemos com o primeiro namorado?!
_ Ai, mãe, que romântico!!! - diz ela com olhar sonhador.
_ Romântico nada, Mariana, tá maluca?! Imagina quantas pessoas você deixaria conhecer, quantas BOCAS você deixaria de beijar?!?! Deus que te defenda disso!!

rsrsrsrs



_ Nossa, mãe! Fala sério, você fez a parada ficar meio engraçada. O que eu pensei que era romântico ficou um terror. Caraca, ninguém te merece, eu hein?!
_ Você ainda é muito nova, Mari. Quando a gente cresce, as concepções do que é romântico mudam. A vida não é um livro de romance, como o 'Meu querido John'  e o “felizes para sempre”, é a cada romance e enquanto ele dura.
_ Acho que você tem razão. Mas eu espero que ele se engasgue com a baba dela!!!



Claro que os risos foram inevitáveis. Minha filha estava desejando que o ex-namorado se engasgasse ao beijar uma outra menina.



_ Oh, Mariana, que horror!!
_ Que horror, mas bem que você gostou, né?!
_ Minha filha, você encontrará na sua vida vários tipos de pessoa e precisa aprender que nem todas serão honestas com você. O negócio é saber lidar com cada uma evitando o seu sofrimento e também o delas. Você só tem 13 anos e ainda vai namorar muuuuiiiito, sorrir muito, chorar muito... isso é viver. Então, viva!! Siga em frente e deixe de lado aquilo que não te fizer bem.
_ Verdade, mãe. Mas uma engasgadinha com baba não faz a ninguém!



rsrsrsrs



Essa é a Mariana: levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima! Minha garota!!!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Minto a verdade

“Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio...
... Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor.
Apenas respeitadas
como a única coisa que resta a uma ‘mulher’
inundada de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...
... Que o espelho reflita em meu rosto
um doce sorriso
Que eu me lembro de ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei...
... E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

MONTENEGRO, Oswaldo


*******

Questionamento sobre quem sou eu, como conduzo minha vida, se realmente vivo o que escrevo ou me escondo em minhas palavras, me fizeram parar para refletir. Principalmente, porque os questionamentos vieram de alguém que não se mostra.
Bem, vamos lá! Nem sempre escrevo o que sinto. Gostaria de fazê-lo mais, no entanto, tenho receio de chocar. Jornalista – com diploma – por opção e convicção, escrevo no meu dia-a-dia o que é necessário. É disso que vivo. Das palavras tiro o meu sustento. Dos fatos que apuro e redijo. E o faço com amor, ainda que não fale dele nos textos. São apenas fatos.
Já no meu blog procuro colocar o sentimento que, muitas das vezes, são tolhidos em outros textos. Quem sou eu? Sou uma mulher impulsiva, com acertos incríveis e erros desastrosos. Sou uma pessoa meio a meio. Meus acertos são frutos de minha intuição. Já meus erros são infantilidade – tem uma parte em mim que teima em não crescer.
Guardo pequenas coisas como verdadeiros tesouros preciosos, e jogo fora coisas grandes, como lixos incômodos que só tomam espaço. Vejo no amor o perigo que envolveu sua grande perfeição e delicadeza. Sou meio a meio. Gosto de tudo sem pressa, com o impulso de uma alavanca. Procuro agir com destreza, mas sem precisão. Eu sou meio a meio. Minha estabilidade é instável, volátil. Eu sou meio a meio.
Quem sou eu?! Vivo realmente o que escrevo?! Bom, eu só sei que eu, eu minto a verdade.
E você?!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Busca

Ausência sentida. Ausência doída. Doída no corpo e na alma que sofriam juntos, calados, e clamavam por socorro.


Encontro com o passado. Encontro com o futuro. Deixou o presente de lado para evitar mais sofrimento, mas os tempos sofriam juntos, calados, e clamavam por socorro.

Mão da terra. Mão do céu. Terreno e celestial estenderam a mão, que sofriam juntos, calados, e clamavam por socorro.

Busquei corpo. Busquei espírito. E encontrei o meu socorro. Presença sentida, sem dor. Passado, presente e futuro em um só tempo. Terra e céu com mãos estendidas. Corpo e Espírito unidos sem sofrimento e clamando apenas por amor!


ANDRADE, Audrey

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quero

Quero teu beijo, teu gosto, teu cheiro, teu rosto

Quero sentir, tocar, percorrer, desejar

Quero noites quentes, ardentes, contingentes, indecentes

Quero muito mais que o simples desejo.



Quero teu estreito, teu apertado, teu sorriso, teu abraço

Quero transcender, ultrapassar, tremer, desarmar

Quero dias frios, pessoais, cobertos, insensatos

Quero muito mais que passear pelo seu corpo.



Quero teu jeito, teu olhar, teu toque, teu desejo

Quero perturbar, subverter, acariciar, transcender

Quero dias amenos, engraçados, sensíveis, conversados

Quero muito mais que uma vida ao teu lado.

ANDRADE, Audrey



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E assim se fez o amor... olhares, sorrisos, abraços, perfume, desejos contidos... incontidos.


Você é realidade.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Apenas eu

[...] Há um outro lado dos contos de fada

Eu sou diplomada, fui contra a maré

Sou fruta madura, sou mais que sofrida

Sou doida varrida, sou mais que mulher



Bebi o passado, traguei o presente

Tornei-me valente pra sobreviver

Eu fui muito errada ficando marcada

Agora aparece você [...]



CAYMMI, Nana
 
*******
 
Às vezes sou maior que eu mesma que chego a me perder num espaço grandioso. Me sinto inconstante, volátil, desconexa, incoerente aos olhos de quem me vê, mas não me enxerga. O fato é que preciso de reciprocidade igualitária, nada mais, nada menos. Não é difícil me entender. Passei por muita coisa nessa vida, aprendi com as dificuldades. Como na letra de Nana, descobri que os contos de fada têm outro lado, mas não deixei de acreditar. Sonhos podem se tornar pesadelos, mas a gente sempre acorda.

Tenho certeza de mim e isso, às vezes, afasta as pessoas. É incrível a dificuldade que alguns têm de não se sentirem a vontade diante de alguém que sabe exatamente quem é e o que quer da vida. Tenho meus medos, sem dúvida, mas também tenho coragem. Já caí muitas vezes, mas aprendi a me reerguer e, principalmente, a seguir em frente, mesmo que logo na frente tivesse que pegar o retorno e voltar ao ponto de partida.

Quem eu sou?! Ser humano.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Minh'alma enfesta

Toda vez que me abraço contigo

São tantos motivos pra enlouquecer

Te esquecer, juro que não consigo

Me viro do avesso pra não te perder

Quando estou... viajando em teus beijos

São tantos desejos que sinto nascer

Se um dia... você me deixar

Eu não deixo você



Ao sentir tuas mãos... flutuar em meu corpo

Me desprendo de mim... sem fazer alvoroço

Coração fica alerta... minhas portas abertas

E as palavras que surgem não posso dizer



São momentos sem fim... você dono de mim

Saboroso prazer... dá gosto de viver

Este gosto de festa... a minh’alma enfesta

Como foi bom te conhecer.

ARAGÃO, Jorge



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Eu me considero uma pessoa de sorte e muita sorte. Uma das principais coisas que me fazem sentir assim é o fato de você existir e, mais que isso, compartilhar minha mesa e minha cama. Assim é você, Adilson, mais que especial, único. É em você que me acho e me “perco”. E digo me “perco” no sentido mais malicioso e gostoso, porque de verdade não se está perdido em dar e receber amor. Se tenho um problema ou se tenho uma solução é para os seus braços que corro, porque é nele que encontro o afago, o carinho, o desejo e o verdadeiro sentido do que é querer bem e sentir este bem tão precioso e ímpar, que é o amor. É muito bom morrer de amor por você e me sentir muito, muito viva, com o coração abarrotado de felicidade.



É nesse amor seguro, que me prende na ideologia de vida, que me faz fugir, subverter e correr pra você. Não quero me prender ao meu ao teu querer. Só quero ter o privilégio de continuar sendo sua mulher e de receber o teu amor, que tanto desejei, sonhei e realizei. Não há homem que eu admire mais que você. Eu preciso disso. Não há regras, fórmulas, há apenas uma mulher inundada de sentimentos. Porque metade de mim é amor e a outra metade também o é.



Apesar de conhecer o amor – e o fiz com você – o mistério permanece intacto, como já falei. Mas descobri que o amor precisa de asas, e de asas longas para voar, alçar voos maiores e fazer pousos seguros e serenos. Hoje eu sou o porto seguro do seu amor livre, que tem asas para voar. Hoje eu voo alto, meu amor, porque pouso segura e serena nos teus braços, porque é nele que encontro meu equilíbrio e é nele que quero estar a todo instante.



Você, Di, é a pessoa, não com quem quero morrer, mas com quem quero viver por toda vida. Você é o cara!!! Definitivamente, te amo... até sempre!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tocando em frente

Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe
Eu só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei...

... Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou...

... Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir...

Cada um de nós compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
De ser feliz...

SATER, Almir e TEIXEIRA, Renato


*******




Hoje, especialmente hoje, estou com a inquietude das crianças, que sempre querem mais e sempre têm mais para descobrir e aprender.


Não há desafio que eu não aceite, porque vou continuar tocando em frente porque eu tenho dom de ser capaz e de ser feliz!!!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Caraca! Fala sério!!!!

Um dia a gente dorme e quando acorda “zapo” as crianças cresceram. Se quando eles começam a falar já é difícil entender, quando crescem fica pior ainda. Mariana, hoje com 13 anos, pouco falou errado, mas o João Pedro bateu o recorde. A cada três palavras, quatro eram erradas. Digo três porque demorou muito a falar.

Mas o tempo passa, o tempo voa... e frases como “mas mamãe eu ainda não brinquei o sucifiente”, “vala a minha mão”, “mamãe, Mariana quer a chu”, “mamãe, Mariana quer âmo” e tantas outras deram lugar a frases como: “CA-RA-CA, manhêêêê, muuuuuito maneiro”, “aíííííííííííííí, tipo, muito lindo”, “não, mãe, peraííííi, manhê, cê tá pagando mico, ah, não, pára vai” e a melhor de todas “CA-RA-CA, manhê, fala sério, tá todo mundo olhando. Por quê cê faz isso comigo?!”. E ainda tem as declarações de amor: PSNMP. Alguém sabe o que significa essa sigla?! Nem eu!

Domingo de sol – único dia que durmo um pouco até mais tarde – acordo e lá está um recadinho pra mim:

“Mãe, você é a melhor mãe do mundo. Adorei minha festa. Adorei porque meus amigos vieram. Foi maravilhoso. Muito obrigada, mãe. Eu te amo muito.

PS: PSNMP

Mariana Andrade”

Eu adorei o recadinho. Quem não gosta de receber uma declaração de amor, principalmente vinda do filho?! Mas uma coisa me intrigou. O que seria “PSNMP”? Bom, era domingo e tive que esperar a mocinha acordar para saber o que significava aquela sigla. Fui corroída pela curiosidade. Lá pela tantas Mariana acorda, dei bom dia, agradeci pelo recadinho e fiz a pergunta: O que significa PSNMP? Rapidamente ela me respondeu: “Caraca! Fala sério, mãe. Você não sabe?! É para sempre no meu pensamento. Eu hein?!”

Pois é. Me descobri, como ela mesma costuma dizer, “out”. Para quem não sabe uma pessoa “out” é uma pessoas que não está por dentro do que acontece, não sabe das novidades, enfim, “não sabe absolutamente nada”.

Bom, como lá em casa as coisas são em dose dupla, eis que João Pedro já fez 10 anos e já está entrando na fase do dialeto. Mas nem sempre foi assim. As coisas já foram bem piores.

O bebezinho mais fofo do mundo não falava e quando balbuciava alguma coisa ninguém entendia, a não ser, é claro, a Mariana. O bebezinho veio com defeito. Não tinha tecla “SAP”. Levei o bebezinho no médico porque achei que havia algum problema. O pediatra afirmou que era “normal”. Defina normal.

Então, para manter algum tipo de comunicação, era necessária muita imaginação. “Mã, qué toi tati”. Esta frase nem Mariana foi capaz de traduzir. Após horas a fio com a criança chorando pedindo “toi tati”, a ficha caiu e perguntei: “Pedro, o que você quer é biscoito de chocolate?”. E ele, sem paciência, balançou os bracinhos disse: “toi ta-ti”, como quem afirma, e não foi o que falei? Isso fora a “pópó”, que significava galinha, e o inesquecível “avião pitu”, que nada mais é que o “pericóptero” quando ele cresceu mais um pouco e, que na verdade, é helicóptero. E foram muito mais. Inúmeros dialetos inventados pelo Pedro sem licença poética.

Mas como nada é tão ruim que não possa piorar, ele já está entrando na fase “teen” e novos dialetos vêm surgindo. E vem ele, com sua doçura impecável – ele realmente é uma pessoa doce e carinhosa – e diz: “Mamãe, vi uma parada super, hiper, mega, ultra ma-nei-ra. Você compra pra mim?!”. E eu respondo: “Pedro, tudo bem que o que você quer seja tudo isso de bom, mas seria o que mesmo? Você não me falou”. “Ah, não?! – fala ele com ar de surpresa e continua: eu quero um “Battle Force Five”. Eu de novo: “Bacana, Pedro mais o que seria isso?”. E ele: “Mãe, caraca, você nunca viu? Tem carro e tem moto, que vira... ah, sei lá, mas acho que é robô ou qualquer coisa do tipo”.

Mas o Pedro também tem seus rompantes de uso de um vocabulário mais aprimorado. Certo dia, estudando para as provas, João Pedro, com olhar pesaroso e choroso, fala:

_ Ai, meu Deus, por que eu fui nascer?

_ Pedro, a culpa foi minha, fui eu que pedi um irmãozinho.

_ Oh, Mariana, foi só uma pergunta retórica, tá?!

Eu e Mariana, não nos contemos e rimos muito, afinal, nunca imaginamos que João Pedro fosse capaz de soltar uma “retórica”.

Mas a histórica fica ainda melhor com o seguinte diálogo:
_ Meu Deus, por que o Senhor inventou a matemática?

_ João Pedro, Deus não inventou a matemática. Foi o homem.

_ Mariana, foi só uma pergunta retórica de novo.

_ Ih, Pedro, desculpa, tá?!

João Pedro fez um minuto de silêncio, pensou e respondeu:

_ Quem foi esse fdp então?!

_ João Pedro, você falou palavrão! Tá doido?!

_ Ah, mãe esse cara é um arrombado!

_ Joãããããão! – gritei.

_ Tá bom, mãe, ele é um santo e o fdp sou eu.

Esse é o João Pedro que nós conhecemos. Bom, com tudo isso me descobri mais mãe ainda. Afinal, os filhos sempre pensam que a mãe sabe tudo, mas de coisas antigas, porque da atualidade, elas estão “por fora”.

Caraca! Fala sério! Como sou retrógada!