Dos laços e todos os seus embaraços ela se separou. Não apenas por vontade, mas também por força das circunstâncias desatou os nós. E não é que o que era pesado, foi deixado de lado e nada lhe custou. Foi aí que ela conheceu a maldade de quem um dia libertou. Ela já não sabia mais o quanto era capaz de andar sozinha, mesmo na escuridão. Redescobriu suas forças, que foram tiradas a golpes lentos, sem sua percepção.
Perdeu a confiança, mas ganhou a esperança de novamente ver a luz. Mas se engana quem acredita que ela endureceu. Ainda é uma pedra, mas a cada dia, deixa de ser maciça e o cume é sua direção. Se perdeu em meio a queda, mas durante a caminhada, ela se reencontrou. Estão se fechando as feridas, mas ela ainda está partida, mas tem de volta o seu chão. E de tão sofrida, ela que tinha confiança, prefere hoje a rejeição.
Sem dó nem piedade, ela que se atirou no abismo, achou que estava tudo perdido, mas encontrou a redenção.
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