_ Oi, mãe!
_ Oi, meu amor, tudo bem?
_ Tudo. E você?
_ Tudo bem, querida. E você? Está tudo bem?
_ Está sim, tudo bem. Tirando que eu tenho prova e não sei nada, está tudo bem.
_ Como assim não sabe?
_ Caraca, mãe, ninguém merece geometria. Tipo, assim, fala sério!
_ Fica tranqüila, Mariana, eu te ensino!
_ Mãe?! Você sabe geometria????
_ Mariana, eu fiz humanas, mas acho que consigo!
(Conversa de mãe e filha, com 12 anos)
_ Oi, mãe! (com a voz mais doce do mundo)
_ Oi, meu amor, bom dia! Dormiu bem?
_ Eu dormi. E você?
_ Também dormi bem. Você vai sair?
_ Ué, Pedro, tá doido?! Ainda não acordou?! Eu vou trabalhar.
_ É. Eu esqueci. _ um breve silêncio. – Nossa, mãe, você ainda nem se arrumou, mas você está linda!
E eu saindo do banho, com o cabelo embaraçado, com cara embaçada de sono, parecendo um zumbi. E vem ele, com sua doçura e encanto.
_ Você é tão linda, mãe! Eu te amo tanto! – e ele me abraçou.
_ Eu também te amo e você nem imagina o quanto!
(Conversa de mãe e filho, com 9 anos)
*******
Mariana e Pedro são meus filhos. Ela está com 12 anos, e ele está com nove. Nossa, isso me perturba! Não porque vejo que eles estão crescendo e em dado momento não os terei. Em verdade, eles nunca foram meus. Só me foi confiada a missão de criá-los, educá-los, torná-los pessoas de bem e tantas outras coisas mais... Isso é que me assusta. E à medida que o tempo passa, me assombro com o que deixei de viver ao lado deles. Sempre fomos tão só nós e ainda assim acho que fiz pouco, que estou fazendo pouco.
Há pouco tempo tinha em meus braços um ser tão pequeno, tão indefeso e que não nasceu por acaso, tampouco na hora errada. Eu quis, eu desejei e o fiz com muito amor, com muito ardor. Foi a primeira vez que fui remetida à sensação do instinto do amor mais primeiro, mais puro. Acompanhei cada passo e faço questão de acompanhar TODOS, ainda que não tão presente como gostaria. Mas ainda assim, no final do dia, me vem a sensação de que poderia ter feito mais, aproveitado mais.
E em dado momento, eis que surge Pedro, lindo, como eu meus sonhos, desde os 15 anos. Novamente fui remetida à sensação do instinto do amor mais primeiro, mais puro – e achei que, sinceramente, jamais sentiria algo parecido na vida. Tive sorte, sorte na vida, porque tive a sensação mais primeira duas vezes.
Acompanhei tanto e ainda assim tenho sensação que perdi o melhor. As cólicas, noites sem dormir, febre por causa do dentinho que está nascendo, a primeira vez que viraram de bruços, o primeiro dentinho, os primeiros passos, as primeiras palavras – no caso da Mariana, todas as outras também, afinal, mulher fala muito e fala demais – o primeiro dia na escola, a alfabetização, as provas com nota baixa, a vibração da nota boa, conheci a mulher da vida de Pedro – e olha que ele só tinha cinco anos –, o primeiro amor da Mariana, as conversas até de madrugada, as perguntas embaraçosas... sim, eu estava lá em todos os momentos, mas tenho a sensação que poderia estar mais.
Não quero perder nada, não quero chegar ao final da vida e ter a sensação de que poderia ter feito mais, muito mais. Gosto quando brigamos, gosto quando brincamos, gosto quando me fazem rir, gosto quando me fazem chorar... eu gosto, por razão ou sem razão. O fato é que ganho muito mais os tendo como filhos, que eles ganham me tendo como mãe. Eles são mais!
Tenho história pra contar, tenho amor para dar e recebo deles até mais que mereço, porque reconheço minhas falhas. O fato é que encontro em Mariana e Pedro muito mais que a razão. O sentimento que tenho por eles é muito mais que amor... ainda não tem nome.
_ Oi, meu amor, tudo bem?
_ Tudo. E você?
_ Tudo bem, querida. E você? Está tudo bem?
_ Está sim, tudo bem. Tirando que eu tenho prova e não sei nada, está tudo bem.
_ Como assim não sabe?
_ Caraca, mãe, ninguém merece geometria. Tipo, assim, fala sério!
_ Fica tranqüila, Mariana, eu te ensino!
_ Mãe?! Você sabe geometria????
_ Mariana, eu fiz humanas, mas acho que consigo!
(Conversa de mãe e filha, com 12 anos)
_ Oi, mãe! (com a voz mais doce do mundo)
_ Oi, meu amor, bom dia! Dormiu bem?
_ Eu dormi. E você?
_ Também dormi bem. Você vai sair?
_ Ué, Pedro, tá doido?! Ainda não acordou?! Eu vou trabalhar.
_ É. Eu esqueci. _ um breve silêncio. – Nossa, mãe, você ainda nem se arrumou, mas você está linda!
E eu saindo do banho, com o cabelo embaraçado, com cara embaçada de sono, parecendo um zumbi. E vem ele, com sua doçura e encanto.
_ Você é tão linda, mãe! Eu te amo tanto! – e ele me abraçou.
_ Eu também te amo e você nem imagina o quanto!
(Conversa de mãe e filho, com 9 anos)
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Mariana e Pedro são meus filhos. Ela está com 12 anos, e ele está com nove. Nossa, isso me perturba! Não porque vejo que eles estão crescendo e em dado momento não os terei. Em verdade, eles nunca foram meus. Só me foi confiada a missão de criá-los, educá-los, torná-los pessoas de bem e tantas outras coisas mais... Isso é que me assusta. E à medida que o tempo passa, me assombro com o que deixei de viver ao lado deles. Sempre fomos tão só nós e ainda assim acho que fiz pouco, que estou fazendo pouco.
Há pouco tempo tinha em meus braços um ser tão pequeno, tão indefeso e que não nasceu por acaso, tampouco na hora errada. Eu quis, eu desejei e o fiz com muito amor, com muito ardor. Foi a primeira vez que fui remetida à sensação do instinto do amor mais primeiro, mais puro. Acompanhei cada passo e faço questão de acompanhar TODOS, ainda que não tão presente como gostaria. Mas ainda assim, no final do dia, me vem a sensação de que poderia ter feito mais, aproveitado mais.
E em dado momento, eis que surge Pedro, lindo, como eu meus sonhos, desde os 15 anos. Novamente fui remetida à sensação do instinto do amor mais primeiro, mais puro – e achei que, sinceramente, jamais sentiria algo parecido na vida. Tive sorte, sorte na vida, porque tive a sensação mais primeira duas vezes.
Acompanhei tanto e ainda assim tenho sensação que perdi o melhor. As cólicas, noites sem dormir, febre por causa do dentinho que está nascendo, a primeira vez que viraram de bruços, o primeiro dentinho, os primeiros passos, as primeiras palavras – no caso da Mariana, todas as outras também, afinal, mulher fala muito e fala demais – o primeiro dia na escola, a alfabetização, as provas com nota baixa, a vibração da nota boa, conheci a mulher da vida de Pedro – e olha que ele só tinha cinco anos –, o primeiro amor da Mariana, as conversas até de madrugada, as perguntas embaraçosas... sim, eu estava lá em todos os momentos, mas tenho a sensação que poderia estar mais.
Não quero perder nada, não quero chegar ao final da vida e ter a sensação de que poderia ter feito mais, muito mais. Gosto quando brigamos, gosto quando brincamos, gosto quando me fazem rir, gosto quando me fazem chorar... eu gosto, por razão ou sem razão. O fato é que ganho muito mais os tendo como filhos, que eles ganham me tendo como mãe. Eles são mais!
Tenho história pra contar, tenho amor para dar e recebo deles até mais que mereço, porque reconheço minhas falhas. O fato é que encontro em Mariana e Pedro muito mais que a razão. O sentimento que tenho por eles é muito mais que amor... ainda não tem nome.
Para Mariana e Pedro... com amor.
É que as pessoas mudam com o tempo e certos sonhos mudam também...Abílio Manuel
ResponderExcluirah mãe , que lindo *-* , muiiiiiiiiiiiito obrigada mesmo , por ter me ensinado desenho - apesar de eu não saber porque estou estudando isso , se um dia eu não vou usar , mas tudo bem - , obrigada por cada palavra , por cada conversa , cada briga . afinal , obrigada por voce ser a melhor mãe do mundo s2 eu te amo demais *-*
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