Não fazemos ideia do que uma simples frase dita com emoção e sentimento
juntos pode causar. Não sabemos a dimensão do “eu te odeio”, “eu vou me
vingar”, “eu te amo para sempre”, “eu vou te esperar”, “eu vou te encontrar”,
“me espere”... e ainda há os pactos formados, juras, promessas... as dores, as
mágoas, os ressentimentos... de tudo, o mais sublime, mas também mais
assustador é o amor que se leva. Acho que pouquíssimas pessoas sabem ou
conhecem a força deste sentimento e o quanto de emoção, força e poder ele gera.
Um misto doloroso de prisão e liberdade.
Na terapia faz-se uma viagem tão estranha, tão assustadora. A sensação é
de medo, muito medo, insegurança e fica ainda pior quando você se torna outro
alguém, mesmo sabendo que é você. É louco, apavorante, aterrorizante ver rostos
que você conhece em corpos e roupas diferentes – pessoas essas que achava que
conhecia desta vida... A primeira vontade que se tem é desistir, mas aí vêm os
sonhos e pesadelos que instigam, aguçam o desejo de conhecer verdades. Verdades
estas que deveriam ter sido deixadas sob o “véu do esquecimento”.
Após algumas sessões (não é fácil, simples ou rápido)... a primeira
visão foi um acampamento cigano – o que já fala muito sobre esta vida... uma
alegria enorme em ver aquele lugar e ao mesmo tempo uma dor gigante – difícil
descrever o sentimento – mas lembro que me fez chorar muito. Que lugar lindo,
muito parecido com um que já visitei e entendi o porquê do fascínio e da
repulsa por este lugar. Tanta revelação
que me trouxe a tona o que passou e o que ainda vai se passar nesta vida.
Revelações feitas por uma cigana velha que tive o prazer e a honra de
reencontrar nesta vida (ah, se eu pudesse contar a ela...). Uma médium
maravilhosa que nem sabe que é, mas que já levou muita paz a muitos lares,
inclusive ao meu atual. E ela o fazia por instinto, sem estudo. Daí, descobri
porque a amo tanto e me preocupo com ela.
Esta cigana velha teve um papel fundamental no passado e no presente e
tenho a certeza que ainda vamos nos reencontrar.,. entendi alguns de meus medos
e dos medos do outro, descobri os motivos pelos quais algumas pessoas passaram
pela minha vida, porque algumas permanecem e porque outras voltarão. A ligação
que existe entre almas é grande demais, são afetos e desafetos que permaneceram
conosco por conta de situações vividas. O “interessante” – não sei que palavra
usar para descrever – é que por mais que fujamos, vem a “vida” e nos traz de
volta para que sejam resolvidas pendências e questões e isso, por incrível que
pareça, fará um bem enorme e pode, inclusive, encerrar alguns ciclos.
Neste momento, entendemos o porquê de tentarmos sair de uma situação e
não conseguirmos. Sempre ouvi dizer que temos nosso livre arbítrio. Temos até a
segunda linha, porque se sairmos do caminho, ou o melhor, de onde é a chegada,
vem algo e te traz de volta. E o pior é que a gente volta sem nem saber o
motivo. É o tal do bom, mas que ao mesmo tempo dá medo. Por que estou aqui de
novo? Por que esta pessoa não sai da minha cabeça por mais que faça de tudo
para esquecê-la? Por que ainda dói depois de tanto tempo? Por que estou “feliz”
aqui, mas queria que fosse com outra pessoa? Por que estas doenças cruzando meu
caminho e o caminho das pessoas que amo? Por que fujo desta ou daquela
situação? Por que sinto vontade de ir, mas quando vou, sinto vontade de voltar?
Por que desta implicância comigo? Por que os caminhos me levam a uma determinada
pessoa? Eu quero, mas não quero querer... Muitas perguntas e muitas respostas e
o 11 na minha vida...
Após uma das últimas revelações o melhor foi dar um tempo para
reorganizar a vida e tentar entender as informações. A minha vida e a vida de
algumas pessoas passarão por uma revolução muito grande em pouco tempo. Neste
exato momento ou em pouquíssimos dias uma determinada pessoa estará pensando na
própria vida e se perguntando: “será que é isso mesmo que eu quero pra mim?, Eu
me encaixo neste papel? É essa vida mesmo que eu quero? Estou relativamente
bem, mas eu quero mais que isso”, “estou inteiro ou estou me enganado”... E o
outro envolvido (não revelo aqui o sexo das pessoas, ou seja, pode ser homem ou
mulher) já está pensando nisso há mais tempo e voltará a viver com outro alguém
de um passado recente. Ambos tentaram e tentarão mais um pouco, mas não são
pares. Seus pares são outros.
Em breve muita coisa vai acontecer que fará estremecer algumas vidas,
inclusive a minha. Não são acontecimentos bons – infelizmente – e isso foi o
suficiente para matar a minha vontade de saber por hora alguns porquês da vida,
de dar continuidade a saber de coisas que, hoje, entendendo, não deveria ter
sabido. Busquei respostas e as encontrei, mas isso não me trouxe alegria. Ao
contrário. Dizem que para sermos “completos” nesta vida devemos plantar uma
árvore, ter um filho e escrever um livro. Já plantei árvores, nesta vida tive
dois filhos (mas ainda estarei mais próximo de um que tive em outra) e das
minhas descobertas prometo tentar escrever um livro.
Mas uma coisa de tudo isso é certa: o “véu do esquecimento” é um
presente, uma benção de Deus. Do “conheça a verdade e a verdade vos libertará”
pode ser em verdade, uma prisão. Como gostaria de poder avisar a algumas
pessoas o que está por vir, mas não me é permitido e, além do mais, elas não
acreditariam em mim. Mas algumas coisas eu posso alertar: não façam pactos ou
juras do que quer que seja, não odeiem, não guardem ressentimentos, não desejem
vingança, não exagerem ou façam extravagâncias, não abandonem filhos
independente dos acontecimentos que os envolva (e não confiem em quem o faça), deem
valor a cada segundo de vida independente de qualquer coisa porque um dia somos
e no outro não, não abandonem por medo, não tenham ciúmes ou inveja, não fujam
às suas responsabilidades... a vida cobra nesta ou na próxima e uma nova
oportunidade pode estar longe demais.
Olá Audrey querida
ResponderExcluirSua postagem de hoje é um tema que me fascina, mas ao mesmo tempo tenho medo também de desvendar esse véu, porque também acho que às vezes tem coisas que não precisamos saber...
Muito interessante.
Beijos
Ani
Querida Ani,
ExcluirÉ um tema fascinante, capaz de fazer muitos esclarecimentos, sem dúvida. Mas uma coisa te garanto: o "véu do esquecimento" é uma benção de Deus. Algumas coisas é melhor deixar onde e como estão.
Quando nos apropriamos de algo, temos responsabilidade sobre esta coisa. Então, a responsabilidade aumenta muito. Ao mesmo tempo que você entende algumas coisas, você se torna responsável por elas.
Obrigada pelo carinho!
Beijocas,
Audrey