segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Da varanda

 Da varanda da minha casa, tanta coisa já passou no meu interior, ao meu redor. Já foram tantas as imagens, sensações, suspiros, festejos, alegrias, sorrisos, choros... um tanto de tantos sentimentos, emoções, sensações.


Do turbilhão à serenidade, da despedida ao reencontro, da tristeza à alegria, da dor à cura, do mal ao bem, das lágrimas ao riso farto... E a cada ano – já se vão 12 – foram muitas as transformações, os desenvolvimentos, as conclusões, os fins, os novos inícios...

Dos que passaram por minha vida e habitaram minha varanda – ainda que por alguns minutos – muitos permanecem e outros já não estão entre nós. O efêmero sopro de vida que já não venta mais neste plano ou foi ventar em outros ares.

Da vida que ornamenta a varanda mais linda que conheço, só gratidão. Já teve de ninho de passarinho a beijo. Bichos, plantas e pessoas que a cada muda, cada florada, cada conquista deixa ela ainda mais charmosa.

Das ambiguidades que vi, que vivi, que senti ao longo destes 12 anos, costumo compará-las às fases da Lua. Ora crescente, ora cheia, ora minguante, ora nova... numa constante lembrança que se existem certezas, mudança é uma delas.

Do Tempo que suspirei por amor, por dor, a minha varanda me ensinou dia após dia que ciclos vêm para nos ensinar a viver e a viver melhor, com mais amor, com mais simplicidade, menos impulso e menos intensidade.

Hoje me pego novamente aqui contemplando a beleza de uma noite de preces com pedidos, mas principalmente, de gratidão. Olhai por nós, meu Pai! Atòtò. Salve o Tempo.

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