Em diversas ocasiões
julgamos coisas, situações, pessoas... medimos com a nossa régua, enxergamos
com os nossos olhos. Quanto equívoco. Podemos e devemos analisar, avaliar – é
lícito que o façamos – mas, acima de tudo, fazer com o máximo de isenção
possível. Aí entra o tempo para auxiliar. Só o tempo e a distância nos
capacitam com a isenção para análises. E então, descubro que nunca foi o outro,
sempre fui eu. Aquele velho clichê “o problemas não é você, sou eu” fica tão
real que assusta, mas obriga a fazer um mergulho ainda mais profundo no
interno.
As peças não se
encaixam, são incompatíveis. Assim como em um quebra-cabeças, não há como
encaixar uma mesma peça em duas peças diferentes, na vida, em todos os tipos de
relação é a mesma coisa. Um dos encaixes não é perfeito. Poderia até parecer
perfeito. Parecer. Mas de verdade, não o era. O perfeito encaixe era outro. Não
é uma questão de ser mais ou menos, maior ou menor, bom ou mau, bem ou mal,
melhor ou pior... só não era o encaixe perfeito. Só isso.
O tempo e a distância
nos tiram a miopia. Vemos as outras peças tão bem encaixadas nas formas de ser,
de agir e pensar, nas atitudes, nos gostos, nos gestos, nas preferências... que
o jogo se completa. Enfim, se completa o quebra-cabeças com a perfeita e
verdadeira peça que faltava. Um encontro de almas. E aquela outra peça que
achava que se encaixava tão bem, descobre que, na verdade, não fazia parte
daquele jogo. Ela tem outra forma de ser, de agir, de pensar... ela jamais
tomaria outra forma para fingir um encaixe. Ela é diferente demais. É a
verdadeira e perfeita peça, só que de um outro quebra-cabeças que ela quer
jogar.
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