quinta-feira, 19 de março de 2020

Uma hora a gente cansa


Uma hora a gente cansa de lutar e é digno reconhecer a derrota. Não precisa nem recolher o que sobrou. Basta se retirar consciente que a guerra foi perdida e o vitorioso precisa tomar posse de sua vitória, comemorar e viver a glória. Cabe ao derrotado aplaudir o vencedor. E hoje eu bato palmas. E são palmas sinceras e de reconhecimento.

Saio bastante machucada da luta (minha última luta), por isso minha demora na partida, mas estou me ausentando. Já dei alguns passos e outros serão dados – cada um a seu tempo. E vou da forma mais leve que me for capaz. “Seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro”. E assim será.

Não haverá problema. Não haverá local. Não haverá nada. Não haverá pura e simplesmente. Parto enquanto ainda há tempo de não permitir que minha dor e minhas feridas sejam vistas. Quero deixar a impressão de que sempre fui forte e sempre dei um jeito pra tudo. Foi isso que por um longo tempo me manteve no fronte de batalha. Eu eu repeito a luta perdida.


Eu vou... sutilmente eu vou.

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