sexta-feira, 30 de julho de 2021

Valentia e coragem

A beleza mora no simples. Muitas das vezes no mais simples da alma, ainda que sofrida e machucada. Mesmo em dias quentes se faz necessário cultivar a polidez e a sobriedade. Mesmo em tempestades é preciso enxergar a paciência e acalmar o espírito. Mesmo nos barulhos – de dentro e de fora – a voz do silêncio nos sussurra amor. Mesmo em meio ao caos a inteligência nos pede compreensão e indulgência.

Diante do Fogo aproveite o calor para aquecer o frio de fora e o de dentro, mas mantenha distância segura porque Fogo arde, queima. Diante do Ar respire fundo algumas vezes para oxigenar o corpo e a alma, mas respirar fundo demais tonteia e faz perder o sentido. Diante da Água molhe o corpo e sinta o fluir da limpeza, mas não por muito tempo porque encharca e apodrece. Diante da Terra fique descalço e sinta a energia da Grande Mãe entrando pelos pés, mas saiba por onde caminhar porque tem farpas e espinhos.

A vida ensina que tudo podemos, mas nem tudo nos convém; que não adianta buscar em um o que só se encontra em outro; que onde está escrito “puxe” não adianta empurrar; que o que é característica é só uma questão de tempo para aflorar; que caráter não se ganha ou se perde, a pessoa tem ou não; que felicidade e amor não adianta forjar; que o tempo é sábio e leva tempo para descobrir; que a verdade é única e a mentira não tem perna, rasteja na sordidez; que o perdão, a prece e a gratidão são irmãos inseparáveis; que coração é solo sagrado e só se deve pisar descalço; que se render ao sentir requer valentia e coragem; que aos covardes, só cabe a infelicidade de ser quem são. 

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