terça-feira, 17 de novembro de 2020

Preciso ser muitas...

Já gritei em silêncio

Já chorei sorrindo

Já me apaixonei distante

Já me afastei ficando perto

Já recomecei com um fim

Já coloquei o fim no começo

Já fui caos sereno

Já fui paz incendiária

Já fui menina/mulher

Já fui mais homem que muitos

Já sonhei acordada

Já estive acordada em um pesadelo

Já fui fera dócil

Já fui bicho insensível

Já me inventei para continuar

Já me reinventei para parar

Já senti prazer no corpo, na alma

Já senti dor no coração, na alma

Na transformação diária achei o equilíbrio

Preciso ser muitas para continuar sendo UMA.

 

Acertei e errei muito nesta vida – sempre penso que mais errei que acertei – mas com a mais absoluta certeza fiz meu melhor com o que tinha e com o que sabia e espero que isso me valha. Aprendi com acertos e, ainda mais, com os erros. Mas nada, absolutamente nada havia me feito mergulhar tão fundo dentro de mim como este ano de 2020. Não foi apenas um acontecimento. Foram vários ao mesmo tempo. Nossa!


Minha vida deu uma reviravolta imensa. Foram muitas mudanças internas e externas. Sucumbi e vi diversas pessoas sucumbirem também. Aprendi sobre mim este ano mais que em toda a minha vida. Foram muitas as transformações e ainda vem mais mudança por aí. Confesso que estou com medo – bastante medo – mas de peito aberto, fronte erguida e pronta para receber o que o Universo tem a me oferecer. Não foi fácil (re)encontrar o equilíbrio e a saúde eu continuo na luta. Só eu sei o quanto precisei e preciso ser muitas para continuar sendo UMA.

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