O amor é amor e ponto. Mas existem formas de
amar. E como virginiana que sou, a minha forma de amar é bem complexa, cheia de
muitos detalhes. Isso vale para o amor na sua essência, o sexo e a intimidade. Amor
pra mim envolve cuidado e fazer o outro se sentir importante e amado. Minha forma
de fazer isso é meio boba, mas é como sei.
Quando acontece algo
bom ou ruim, a primeira pessoa que me vem a cabeça para eu compartilhar é quem
eu amo. Ela pode não saber, mas isso a eleva a uma condição mais que especial.
Ela é a quem vem à minha cabeça na luz (coisa boa) e na escuridão (coisa ruim);
Como adoro ver quem amo
bonito, gosto muito de presentear com roupa e não precisa ser uma data
comemorativa. Se passo, vejo algo e isso me remete a quem amo, compro. O quero
bonito e arrumado para que todos vejam que é bem cuidado, que tem alguém que se
importa e cuida com zelo e carinho.
Digo que amo a cada
oportunidade que tenho porque acho que ouvir EU TE AMO falado com o que há de
mais puro dentro de si é importante para mim que falo e pra ele que ouve. E todas
as vezes que falei foram ditas com a mais pura verdade que há em mim.
Não sou boa dona de
casa, mas procuro sempre deixar a casa limpa e arrumada para trazer sensação de
bem estar a quem amo, mas a cama... ah, a cama está sempre com lençóis limpos,
cheirosos e passados para sempre passar a sensação de abraço ao nos deitarmos,
mas para serem desarrumados e amassados sem cerimônia ou medo de sujar.
Não sou “melosa”, então
quando a pessoa passa por mim distraída, dou aquela esbarradinha gostosa, mesmo
que me machuque. Estou com isso dizendo que estou te vendo passar e quero te
tocar. Gosto de abraçar,
beijar, tocar o rosto... sou capaz de reconhecer quem amo só no toque, de olhos
fechados. O enxergo em todos os sentidos e com todos os meus sentidos. Da visão
ao paladar, passando, é claro, pelo tato.
Como olho com os olhos
da alma e toco com apreciação, desenvolvi a capacidade de conhecer cada marca,
cada sinal, cada pinta, cada curva... e admiro e potencializo e verbalizo minha
análise de cada parte do corpo e o que ela expressa.
A boca em si e o quanto
o sorriso é bonito e a sensação que me traz. O sorriso precisa me abraçar para
ser sorriso; os olhos na sua cor especial e o que me faz sentir quando nossos
olhares se encontram, tem que ser doce; a mão que tem particularidades que eu
tenho a absoluta certeza, que só eu notei, e a sensação que me traz quando toca
meu corpo, precisa também tocar minha alma; todo o corpo nu ou vestido, deitado,
quando olho, olho com admiração, com o respeito mais desrespeitoso e toco com o
maior carinho e desejo.
O sexo para mim só é
possível com muito desejo, muito tesão e com muito amor, tem que envolver TODOS
os sentidos e muita amplidão. Sexo por sexo não funciona e nunca funcionará na
minha concepção. Só se pode ser feito se realmente existe amor e o desejo de
permanecer, porque aí entra a intimidade. Não a intimidade de tirar a roupa –
tiramos a roupa para um médico que nunca vimos antes, numa cirurgia ficamos nus
e não sabemos nem quem está nos vendo... Intimidade pra mim é muito mais que
isso.
Pra mim o mais alto
grau de intimidade acontece justamente depois do sexo – que como já disse tem
que ser feito com amor – que é o pousar, repousar e se entregar. Sim! Se
entregar! Adormecer nos braços de alguém, babar no peito depois de fazer amor é
o maior grau de intimidade que dei a uma pessoa. Naquele momento, desprotegida,
sou a pessoa mais entregue. Porque confio plenamente e durmo na mais absoluta
certeza que estou e estarei protegida.
Nesta encarnação só
amei e amo com o que chamo de plenitude um único homem. Dele fiz a pessoa mais
especial. Para estar com ele tive que ultrapassar muitas barreiras, enfrentar
muitos problemas, viajar alguns bons pares de quilômetros – de carro, de
ônibus, de avião – só para ter o que chamo “horinhas de descuido”. Estas “horinhas”
são aqueles momentos especiais que só temos e sentimos quando amamos alguém.
São tantas as
particularidades... são tantas complexidades. Mas não sou perfeita e não serei.
O amor pra mim está também nas imperfeições, nos defeitos... se tornando
encaixes perfeitos do imperfeito, do irracional, do não compreensível... porque
amar é aceitar o todo, o completo. E pode ter a mais absoluta certeza que quando
eu disse a ele “eu te amo” pela primeira vez – me lembro a ocasião (não foi
depois de fazer amor) e o lugar, mas não lembro o dia – foi com a mesma certeza
que seguiria amando quando disse pela última vez. E eu sigo...
Gostei de ler e ver o amor e o amar bem detalhado na tua forma de ver e viver...beijos, chica
ResponderExcluirAh o amor... sempre o amor...
ResponderExcluirObrigada pelo carinho de sempre, Chica!
Beijocas, Audrey
Olá Audrey querida
ResponderExcluirA vida é feita de momentos...
E estar aqui está sendo um momento especial...
Já estou seguindo e voltarei sempre que puder...
Se quiser, dá uma passadinha no meu também...
Quem sabe não gosta e segue também...
http://cristalssp.blogspot.com
Beijos
Ani
Olá Ani, é um prazer tê-la aqui. Com certeza estarei por lá!
ExcluirBeijocas,
Audrey