quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Eu não quero fazer parte

Eu não quero fazer parte da sua vida, mas a responsabilidade é sua. Eu não quero conviver com seus problemas, com suas dores, com suas escolhas... eu quero fazer parte da sua vida sim, mas quero que tudo aconteça de acordo com as minhas vontades, meus desejos, meus anseios, mas não sou egoísta. Apenas não sou capaz de viver desta maneira, não sou capaz de abrir mão ou ceder por você. Seu posicionamento diante dos fatos e circunstancias, me incomodam, eu discordo. Os meus sim, estão corretos. Eu erro, mas quero que seja provado meu erro. O teu erro eu avalio, julgo e condeno, afinal de contas, não é possível que você esteja certo diante de tudo que te digo. Eu não. Eu sempre tenho argumentos, você que não está disposto a entender. Sendo assim, eu não quero fazer parte, mas a responsabilidade é sua.

Quem disse que não gosto do seu jeito?! Eu adoro, mas você tem sempre muita coisa para fazer e muita responsabilidade para dar conta. Você trabalha fora, você tem filhos adolescentes, você tem casa para arrumar, você tem animais para cuidar... que me sobra?!  Eu tenho minha vida e quero cuidar dela e eu tenho o direito de ir e vir na hora que dá para mim. Mas espero que você esteja sempre disposto para a hora que eu preciso. Não vejo dificuldade nisso. E, mais que isso, não compreendo o motivo pelo qual não te é possível estar acessível para mim. Você não compreende que eu não caibo mais na tua vida?! Você tem sempre muitas tarefas e, definitivamente, você não me compreende. Te peço tão pouco. Só desejo sua atenção quando eu quero e preciso e isso não é pedir muito. Sendo assim, eu não quero fazer parte, mas a responsabilidade é sua.

Quero que valha nossas vontades, com diálogo, mas para que funcione bem, tem que ser bom de argumento porque sou incessante nas perguntas. Preciso de análise e convencimento para avançar, caso contrário valerá a minha verdade. Não que minha verdade seja absoluta – longe de mim tal coisa –, mas se o argumento não me convencer, me valho do que tenho de princípios. Não há dificuldade ou problema para conviver comigo, mas meus limites precisam ser respeitados. Pra mim não é fácil aceitar aquilo que não me é confortável ou não me convence. Tenho a necessidade de aprofundar o assunto para depois mergulhar nele. Pode ser uma limitação minha, mas você precisa entender, afinal, sempre abro mão em prol do outro. Sendo assim, eu não quero fazer parte, mas a responsabilidade é sua.

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