“Forjar é o ato de fabricar algo na forja, isto é, modelar mental ou outro material através de uma forja.
Normalmente, o ato de forjar tem o metal como elemento principal. Quem realiza o trabalho na forja é o ferreiro.
No sentido figurado,
forjar significa inventar, no sentido de dar origem a alguma coisa a partir do
nada, sendo em geral algo que não é real, uma evidência falsa.
Sinônimos: adulterar,
armar, compor, criar, elaborar, fabricar, fazer, idealizar, inventar,
manipular, manufaturar, maquinar, modelar, tramar, urdir”.
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Nunca vi o trabalho de um
ferreiro forjando uma peça de metal – o que lamento profundamente, já que
considero o trabalho artesanal lindíssimo. Mas ao longo da minha vida já vi
tanta gente forjar os mais variados tipos de atitudes e sentimentos – o que
também lamento, já que considero o falso terrível.
É engraçada esta
comparação e ao mesmo tempo tão assustadora. Uma peça forjada é duradoura, é
forte, é a transformação do metal bruto, pesado em proteção, em arte, mas também
em arma. Os ferreiros forjavam ferraduras para proteger os cascos do cavalo,
faziam objetos que serviam de adorno, mas também forjavam espadas que quitam vidas.
Forjar atitudes e
sentimentos pode ser uma das piores forjas do ser humano. Pode ser “duradouro”,
mas não é real e isso independe do que esteja sendo forjado – atitudes ou
sentimentos. A forja, a mentira machucam mais que uma dura verdade, que uma nua
realidade, e têm prazo de validade. Ao final, se fere, mas também se é ferido.
Refugar a realidade, forjando sentimentos e atitudes pode ser tão fatal quando
uma espada... cravada no peito do outro, mas também em si mesmo.
Forjar é para metais.
Qualquer coisa diferente disso pode ser fatal.