segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Equinócio

Época do ano em que o Sol, em seu movimento próprio aparente na eclíptica, corta o equador celeste, e que corresponde à igualdade de duração dos dias e das noites. (Há dois equinócios por ano: em 21 ou 22 de março e em 22 ou 23 de setembro.) / Ponto do equador celeste onde se verifica essa passagem. // Linha dos equinócios, reta de interseção dos dois planos da elíptica e do equador celeste. //


Fonte: http://www.dicionariodoaurelio.com/

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Na área da astronomia, equinócio é definido como um dos dois momentos em que o sol cruza o plano da Linha do Equador. A palavra equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite) e significa “noites iguais”, ou seja, ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo, têm igualmente 12 horas de duração. O Sol alinha-se perfeitamente... hoje às 03h09. É a preparação para a entrada da Primavera no Hemisfério Sul e do Outono, no Hemisfério Norte.

Mas não é apenas a Terra e o Sol que se alinham perfeitamente. Nós também temos o nosso equinócio – que ocorre no momento em que desejamos, nos entregamos, nos permitimos... e assim realizamos uma interseção com alinhamento perfeito e que dá origem ao encaixe da nossa outra metade. Logo, você é meu equinócio, meu alinhamento perfeito, meu ponto de equilíbrio e muito mais. Sim, assim eu o vejo. Nossos momentos são inesquecíveis, inexplicáveis e incomparáveis. E nós dançamos no nosso ritmo, no nosso compasso e saímos do tom sem a menor razão e com toda emoção, como um feixe de luz e, às vezes de escuridão.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Amor maior

_ Oi, mãe!
_ Oi, meu amor, tudo bem?
_ Tudo. E você?
_ Tudo bem, querida. E você? Está tudo bem?
_ Está sim, tudo bem. Tirando que eu tenho prova e não sei nada, está tudo bem.
_ Como assim não sabe?
_ Caraca, mãe, ninguém merece geometria. Tipo, assim, fala sério!
_ Fica tranqüila, Mariana, eu te ensino!
_ Mãe?! Você sabe geometria????
_ Mariana, eu fiz humanas, mas acho que consigo!
(Conversa de mãe e filha, com 12 anos)

_ Oi, mãe! (com a voz mais doce do mundo)
_ Oi, meu amor, bom dia! Dormiu bem?
_ Eu dormi. E você?
_ Também dormi bem. Você vai sair?
_ Ué, Pedro, tá doido?! Ainda não acordou?! Eu vou trabalhar.
_ É. Eu esqueci. _ um breve silêncio. – Nossa, mãe, você ainda nem se arrumou, mas você está linda!
E eu saindo do banho, com o cabelo embaraçado, com cara embaçada de sono, parecendo um zumbi. E vem ele, com sua doçura e encanto.
_ Você é tão linda, mãe! Eu te amo tanto! – e ele me abraçou.
_ Eu também te amo e você nem imagina o quanto!
(Conversa de mãe e filho, com 9 anos)


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Mariana e Pedro são meus filhos. Ela está com 12 anos, e ele está com nove. Nossa, isso me perturba! Não porque vejo que eles estão crescendo e em dado momento não os terei. Em verdade, eles nunca foram meus. Só me foi confiada a missão de criá-los, educá-los, torná-los pessoas de bem e tantas outras coisas mais... Isso é que me assusta. E à medida que o tempo passa, me assombro com o que deixei de viver ao lado deles. Sempre fomos tão só nós e ainda assim acho que fiz pouco, que estou fazendo pouco.

Há pouco tempo tinha em meus braços um ser tão pequeno, tão indefeso e que não nasceu por acaso, tampouco na hora errada. Eu quis, eu desejei e o fiz com muito amor, com muito ardor. Foi a primeira vez que fui remetida à sensação do instinto do amor mais primeiro, mais puro. Acompanhei cada passo e faço questão de acompanhar TODOS, ainda que não tão presente como gostaria. Mas ainda assim, no final do dia, me vem a sensação de que poderia ter feito mais, aproveitado mais.

E em dado momento, eis que surge Pedro, lindo, como eu meus sonhos, desde os 15 anos. Novamente fui remetida à sensação do instinto do amor mais primeiro, mais puro – e achei que, sinceramente, jamais sentiria algo parecido na vida. Tive sorte, sorte na vida, porque tive a sensação mais primeira duas vezes.

Acompanhei tanto e ainda assim tenho sensação que perdi o melhor. As cólicas, noites sem dormir, febre por causa do dentinho que está nascendo, a primeira vez que viraram de bruços, o primeiro dentinho, os primeiros passos, as primeiras palavras – no caso da Mariana, todas as outras também, afinal, mulher fala muito e fala demais – o primeiro dia na escola, a alfabetização, as provas com nota baixa, a vibração da nota boa, conheci a mulher da vida de Pedro – e olha que ele só tinha cinco anos –, o primeiro amor da Mariana, as conversas até de madrugada, as perguntas embaraçosas... sim, eu estava lá em todos os momentos, mas tenho a sensação que poderia estar mais.

Não quero perder nada, não quero chegar ao final da vida e ter a sensação de que poderia ter feito mais, muito mais. Gosto quando brigamos, gosto quando brincamos, gosto quando me fazem rir, gosto quando me fazem chorar... eu gosto, por razão ou sem razão. O fato é que ganho muito mais os tendo como filhos, que eles ganham me tendo como mãe. Eles são mais!

Tenho história pra contar, tenho amor para dar e recebo deles até mais que mereço, porque reconheço minhas falhas. O fato é que encontro em Mariana e Pedro muito mais que a razão. O sentimento que tenho por eles é muito mais que amor... ainda não tem nome.
Para Mariana e Pedro... com amor.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Privada


_ Z... cadê você?
_ Peraí, pô. Estou cagando e cagar é uma arte!
_ Deixa de ser idiota, porque o que você faz é merda mesmo!

(diálogo real, e nem vale a pena comentar entre quem)




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Há várias definições para a palavra “privada”, sem contar que ela também pode variar quando funciona como complemento de algum substantivo. Não tem como ler o dito substantivo sem se lembrar do vaso sanitário. (que referência Ó-TI-MA!!!!) Pois é, a palavra privada remete nossos pensamentos ao vaso sanitário que por sua vez lembra? Merda! Isso aí. É comum pensar logo na... merda. Divagando podemos concluir que muitas pessoas deixam de pensar em sua “vida privada” e passam a tomar conta da vida dos outros – que não é privada!

Mas ora, há de se ter piedade com quem não quer se preocupar com sua vida de merda. Afinal, merda quando mexe, fede. Mas caramba, também não precisa querer cuidar da vida dos outros. Sendo a vida de alguns de merda ou não, o ideal é que cada um cuide da sua.

Dias fantásticos

“... Quando me comunico com adulto, na verdade estou me comunicando com o mais secreto de mim mesma, daí é difícil... O adulto é triste e solitário. A criança tem a fantasia muito solta”.

LISPECTOR, Clarice



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As crianças têm poder de transformação. Isso mesmo! Elas conseguem transformar dias comuns em especiais e o fazem com maestria. Fazem isso com suas fantasias, alegria de viver, gostosas e intermináveis gargalhadas. Assim foram minhas férias. Passei dias maravilhosos com quatro crianças: meus dois filhos Mariana, 12 anos, e Pedro, 9, e suas amigas, Thayná, 13, e Lorena, 9. Os dias ficaram de ponta a cabeça, com direito a cinema até de madrugada, bolo de chocolate, brigadeiro, hambúrguer, praias no inverno, conversas até alta madrugada, passeios fora de hora, lanches gordurosos e até comida saudável. Tudo isso entremeado por brincadeiras e muita diversão.

Ao final dos dias, as crianças estavam exaustas e agradecidas pelos dias que passamos juntos. O que essas crianças não sabem é que foram eles que tornaram meus dias mais felizes! Sou eu quem tem que agradecer.

Obrigada Mariana, Pedro, Thayná e Lorena por terem transformado minhas férias em dias fantásticos!!!

domingo, 1 de agosto de 2010

Você vai conseguir!




_ Oi, meu amor, tudo bem?
_ Oi, tia, estou indo.
_ Como você está, linda?
_ Eu estou tentando, mas não estou conseguindo.
_ Você vai conseguir, querida!
_ Tá... tia.
_ Você vai conseguir!





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E assim a vida segue... a menina, ainda tão menina, sem querer descobre que a vida é muito mais que estudo e brincadeira. Ela ainda não sabe, mas está mais forte porque está superando os problemas da vida e a cada problema superado, nos tornamos mais fortes.

Siga, minha querida, siga seu caminho e seja feliz! Muito feliz! Porque você é capaz de superar e é forte!!


Te amo!

Para minha Thayná.