terça-feira, 6 de agosto de 2013

Voltando...

Um dos meus prazeres me foi tirado temporariamente. Uma tal de “Tenossinovite de Quervain*” – nunca tinha ouvido falar nisso – me tirou de circuito. Coisas simples como abrir o sutiã ou acertar a alça, torcer um pano, pegar uma xícara... estavam se tornando árduas tarefas. Uma dor constante no meu pulso direito estava me tirando o prazer de escrever e o humor junto.
Fui ao médico e o diagnóstico foi “Tenossinovite de Quervain”. O caso estava feio e não houve jeito. Tive que operar. A operação era a única forma de melhorar aquela dor impertinente e diminuir minhas impossibilidades. Então, lá fui eu!
Vários exames (sangue, urina, eletro, raios-x, etc.). Consulta com ortopedista, com cardiologista, risco cirúrgico pronto, operação marcada! Aff... praticamente uma eternidade até que tudo estivesse pronto.
Dia da operação! O meu coração parecia que ia sair pela boca. O Dr. Marcel (especialista de mão) me tranquilizou e falou que era uma cirurgia simples e rápida. Quando comecei a me acalmar fiquei sabendo que seria sedada. Se era rápida e simples a operação, por que a sedação?! Entrei em pânico de novo, mas já não tinha mais jeito.
Sim, eu sou frouxa! Avessas à operação! E o medo de perder os movimentos da mão e não poder sequer assinar meu nome me deixaram louca!
Até iniciar a famigerada sedação foram cerca de 30 minutos de prepara e mais 1h30 de espera para sair da sala de pós-anestésico. Tempo da operação?! Míseros 15 minutos (rsrsrs)
A primeira noite foi horrenda! Uma dor enorme na mão. Vira para um lado, vira para o outro e nada de dormir. Quando enfim o sono venceu, já era dia! Uns sete dias com a mão inchada, mas movimentando bem. Já se vai quase um mês e estou voltando à ativa.
O local da cirurgia ainda dói, mas aos poucos estou retomando minha rotina.

*Tenossinovite de Quervain – é a constrição dolorosa da bainha comum dos tendões dos músculos abdutor longo e extensor curto do polegar, no chamado primeiro compartimento dorsal. O processo inflamatório da bainha causa d diminuição do seu espaço, comprimindo os tendões. O quadro clínico apresenta dor de caráter insidioso podendo apresentar-se agudamente, na região dorsal do polegar e no processo estiloide do rádio, com a cronicidade do quadro, o paciente refere dificuldade para segurar objetos (como uma xícara) que exigem a posição “em garra” do polegar. Queixas de dor ocorrem ao torcer a roupa, abrir a porta com chave, abrir tampa de lata etc. Os sintomas são dor, enrijecimento e inchaço no lado do polegar do pulso.